Desenvolvimento Cognitivo: do Recém Nascido à Terceira Idade

Desenvolvimento Cognitivo: do Recém Nascido à Terceira Idade
Durante uma das disciplinas do mestrado eu, e outros colegas, escrevemos um livro sobre o desenvolvimento do cérebro. O livro, organizado pelo prof. Dr. Emílio Takase, coordenador do INEC (Inovações Neurotecnológicas para Educação Cerebral – www.educacaocerebral.com) se chama Desenvolvimento Cognitivo do Recém Nascido à Terceira Idade, lançado pela Bookess editora, 2010. O livro é um e-book e pode ser acessado pelo endereço http://www.bookess.com/read/5847-desenvolvimento-cognitivo-do-recem-nascido-a-terceira-idade/
Junto com a naturóloga Fabiana F. M. de Barba, escrevemos o primeiro capítulo “Desenvolvimento Cognitivo: primeira infância”, que vai da página 11 à 19. Você deve colocar o livro em tela cheia para lê-lo. Esse capítulo é focado no desenvolvimento do cérebro social. Abaixo colei alguns trechos desse capítulo. Vale a pena folhear e ler o capítulo dos outros autores. Parabéns a todos pela dedicação e ao prof. Emílio Takase pelo incentivo e persistência nos seus ideais.
“A habilidade de aprender e modificar o próprio comportamento a partir do ambiente social é uma característica marcante nos seres humanos. Essa é uma das primeiras e mais importantes tarefas aprendidas pelos bebês. Ao longo da vida, inúmeros processos neurofisiológicos são mobilizados pelo organismo, possibilitando identificar informações sociais, como expressões faciais, características de objetos ou situações. Neste sentido, o ambiente sócio-familiar e as relações estabelecidas neste espaço influenciam o modo como estes futuros adultos se sentem, pensam, agem e se desenvolvem, tanto do ponto de vista comportamental como neuropsicológico.
O cérebro adulto é um órgão especializado. Isso significa que existem diferentes regiões responsáveis pelo processamento de certos tipos de informações. Assim, do mesmo modo que existem certas regiões mais voltadas para a execução de certas habilidades cognitivas, como a linguagem, também há estruturas mais envolvidas no processamento das informações sociais. O cérebro percebe e reage às informações sociais de maneira diferenciada, em relação aos estímulos não sociais. Assim existem regiões que amadurecem ao longo da infância e, pelo seu envolvimento no processamento de informações e relações sociais, compõem o “cérebro social”.
(…)
O cérebro humano nasce organizado e preparado para a aprendizagem social e para o desenvolvimento do bebê enquanto indivíduo. O potencial de aprendizagem de cada pessoa apresenta características ligadas à espécie (filogenéticas) e características individuais ligadas à herança genética familiar – ontogenéticas. O apego, a dependência dos adultos e a capacidade de socialização são exemplos de comportamentos filogenéticos. As características filo e ontogenéticas só podem se manifestar em interação com o meio social e com o ambiente familiar. Dessa forma, é essencial que os pais, cuidadores e familiares atuem como facilitadores do desenvolvimento do bebê.
Os recém nascidos, inicialmente, reconhecem o rosto de uma pessoa com base nos contornos da cabeça, do cabelo, de características específicas dos olhos, nariz e boca. Nesta fase, a preferência por faces é realizada por estruturas subcorticais. Será necessário o amadurecimento das áreas corticais visuais para o desenvolvimento das habilidades mais sofisticadas de identificação e reconhecimento que exigem precisão e resposta imediata do cérebro. Em bebês com dois meses de idade a área cerebral ativada para o reconhecimento de faces é diferente da área utilizada pelos adultos. Nos primeiros, há a co-ativação de áreas de linguagem e de reconhecimento facial, sugerindo que as aprendizagens sociais e verbais são facilitadas pela interação face-a-face com o interlocutor. Em crianças maiores, o reconhecimento facial ativa áreas que nos adultos são responsáveis pela atenção e direcionamento espacial.
(…)”
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